Como previra, o jovem cego aceitou ser seu parceiro homossexual ativo, recebendo, para isso, por mês, uma quantia pelo menos três vezes maior do que ganhava vendendo doces na praça . Não lhe disse,é claro, que o escolhera por absoluta necessidade de segurança. Afinal, decidira entregar-se aos prazeres da homossexualidade já maduro, com esposa, três filhos adolescentes e projeção social . Com garotos de programa ou gays, os riscos de extorsões e chantagens sentimentais e, em consequência, de um escândalo, seriam enormes.Um cego nunca o veria, jamais reconheceria seu carro, ou saberia para onde iriam.
O jovem, por sua vez, via tal proposta superar todos seus planos de vida. Afinal,quando decidira, meses antes, fingir-se de cego para melhor vender seus doces , não imaginara tão amplas possibilidades.