segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A CRUZ DO ARI



As cruzes à beira das estradas exortam-nos a orar pelos que ali morreram . Há cinco anos, ele orava por Ari, cujo nome aparecia na cruz branca, na pequena ravina,vista do ônibus que o conduzia ao trabalho.Nas férias, não fazia tal percurso e, justo nestes períodos, coisas ruins começaram a ocorrer: doenças, dificuldades financeiras, atritos familiares.”É o morto cobrando, com infortúnios, a falta das preces nestas épocas. Faça um ritual de apaziguamento no local”, explicou a amiga médium. Por isso, portando oferendas, ele está ali, pela primeira vez . Transpõe a pequena elevação entre a estrada e a ravina e descobre: não havia cruz. Parecia assim porque o restante do braço, um travessão, ficava escondido, por arbustos, de quem o via da estrada. Na verdade, era uma placa, que dizia: Sítio do Ari.

2 comentários:

cubluso disse...

Brilhante, Paulinho. É a cruz que você carregou nos últimos oito anos na PMC.
Maneco

Ana borges disse...

Adorei Paulo. Realmente nem tudo é aquilo que parece!!!