Não era um cenário de Edgar Allan Poe; não era um poema dos que não se fazem mais;nem mesmo cena literária parecia e o corvo sobre a mesa, entre envelopes e postais, era morto, empalhado, peso de prender postais: não falaria nunca mais. Era um prédio paulistano, em ano quente, verão terrível, de calores abissais, e no oitavo andar o poeta viciado jazia, morto por uma dessas doses de drogas tão letais que parecia o corpo, retorcido pelas convulsões letais, não ser um corpo, jamais.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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