quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Consciência apaziguada





Entre os 17 e 19 anos, teve quatro namoradas, que dispensou por motivos fúteis. Aos 20 , deixou a cidade e percorreu o mundo, empenhado em tornar-se o que é hoje, aos 50 : um dos mais ricos empresários do país. Não o abandonou, porém, o sentimento de culpa pelo desprezo às namoradas da juventude. Decidiu procurá-las e compensar o mal causado.Reuniu-as certo dia no luxuoso escritório, recebeu uma a uma em sua sala, explicou-lhes rapidamente o motivo da convocação e, a cada, deu dinheiro suficiente para que acertassem suas vidas financeiras ou satisfizessem sonhos de consumo.Após isso, respirou aliviado, paz na consciência .

As mulheres, por sua vez, dirigiram-se a um restaurante, conforme haviam combinado antes,  ao se conhecerem na sala de espera. E, entre garfadas, goles e risos, esforçavam-se para, pelo menos, lembrar da dor que um dia o generoso senhor lhes teria causado.

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