sexta-feira, 30 de maio de 2008

MEUS ADMIRADORES



Imagino o que pensam e falam entre si, naquele velho carro amassado, enquanto olham para meu automóvel importado do ano. Já fui como eles. Com os amigos dos tempos ruins, a caminho do trabalho, em velhos calhambeques, quantas vezes não apontei maravilhas ao lado e perguntei: “Já pensaram , nós num daqueles?”
Agora reduzem a velocidade. Vão querer emparelhar, de novo, quem sabe para admirarem algum detalhe, talvez as magníficas calotas de liga leve; ou então os parachoques cromados.  Param na minha frente, por quê? Saem do calhambeque, por quê? Usam revólveres, por quê?

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