O policial era a fúria. Olhos em chamas, gesticulava energicamente o braço esquerdo, enquanto o direito, abaixado rente ao corpo, segurava o revólver. Incitava a que se aproximassem homens , mulheres e crianças que , à distância, olhavam os dois homens algemados, ensanguentados e deitados no chão da lojinha que haviam tentado roubar, momentos antes.
- Gente assim merece tudo de ruim. É tudo filho da puta.Quem quiser, pode bater. Não sejam covardes. Eu seguro qualquer bronca.
E houve quem, timidamente, desse tapa, pontapé e até cuspisse nos prisioneiros, enquanto os demais assistiam , impassíveis. Ninguém tinha raiva; todos tinham medo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário