Permitiu que o homem sentasse à sua mesa, na lanchonete. Ele perguntou se não lembrava dele. Suas famílias teriam sido vizinhas trinta anos atrás, em certo bairro da cidade. Precisava falar-lhe porque, ultimamente, sonhava todos os dias com uma ofensa que fizera a ela e sua família, na época. Acordava , a cada manhã, com sentimento maior de culpa. Contou-lhe o tipo de ofensa e queria seu perdão para aliviar a alma.
- No que me diz respeito, está tudo esquecido
Sem a tonelada às suas costas, o homem levantou-se rápido, agradeceu e saiu. Ela continuou tomando calmamente o café. Não tinha a menor idéia sobre tudo o que ele falara. Ouvira-o, talvez por educação.
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