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Já descobrimos o que o senhor queria. Como expliquei antes, não prestamos informações pessoalmente
. O relatório, em envelope lacrado, já foi encaminhado à sua residência.
Agora,
chegando em casa, Hermes mal contem a impaciência no elevador, que lhe parece
mais lento que antes. Ao entrar na sala, vai direto à mesinha onde a empregada
costumava deixar a correspondência. Lá estava o envelope, lacrado como lhe
dissera, ao celular, o chefe da agência de detetives. Ansioso, começa a rasgar
o invólucro. Enquanto o faz, recorda a frase
do detetive Nero Wolfe,o seu preferido das histórias policiais:” Quando
alguém está obstinado a matar uma pessoa,nada o impedirá de fazê-lo”. Há algum
tempo, ele decidira matar Bruno, seu ex-sócio, que não contente em dar um
desfalque na firma, fugira com sua mulher. Contratara a agência de
investigações para localizá-lo e o trabalho parece ter sido bem sucedido. Só
precisará ir ao local e dar, pessoalmente, um fim a seu desafeto.Nada o impedira, agora, de fazê-lo.
Envelope
aberto, documentos e fotos espalhados pela mesa, Hermes constata que,
realmente, Bruno fora localizado em uma longínqua cidade do Interior. Fotos de
sua tumba no cemitério local haviam sido anexadas ao relatório, como prova.
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