quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Porque me mato



“Saibam todos que lerem isso que não levo mágoas de ninguém. Explicação desnecessária para os que me conhecem e sabem que o principal traço de minha personalidade sempre foi o perdão. Perdoei inimigos, devedores, até mesmo as mulheres que me foram infiéis. E o fiz sempre de coração, jamais movido por pressões religiosas ou de outra natureza. Infelizmente, nunca tive , por parte das pessoas, o reconhecimento por isso. Colhi  indiferença e, o que é pior, o desprezo. Minha predisposição para o perdão quase sempre foi confundida com fraqueza de caráter, mesmo por aqueles a quem perdoei. Por paradoxal que pareça,  cheguei solitário a este estágio  da minha vida. Mas também perdoo a todos os que me abandonaram. Mato-me porque não consigo perdoar a mim mesmo por ser assim.”

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